Leo Lionni é um dos pioneiros do moderno álbum ilustrado. Um dos temas do conto é o individualismo, o descobrimento e a aceitação da sua própria identidade. Frederico é poeta e demonstra que, à sua maneira, também contribui para o coletivo.
É assim que nos é apresentado o artista, não como um ser automarginalizado, mas como alguém necessário para os demais.
Face à importância do trabalho, Frederico vem lembrar-nos a necessidade de nos alimentarmos com algo mais do que palha e nozes.
Para muitos, Frederico pode parecer egoísta, mas o egoísmo do protagonista é, simplesmente, uma fidelidade para consigo mesmo. Os seus vizinhos de toca, longe de recriminá-lo, deixam-no meditar, respeitam a sua introspeção e sentem curiosidade por um mundo que, por fim, agradecem.
O autor transmite-nos a importância da liberdade individual: os leitores sentem-se amparados, pois sabem que os ratos respeitarão a individualidade de Frederico. É como se lhes dissesse que há que ser aquilo que sonhamos e sê-lo sem receios, uma vez que os outros o poderão entender.
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